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13 de outubro de 2021
Escrito por
Natália Turrioni
De acordo com Marty Cagan, fundador do Silicon Valley Product Group e considerado um guru do Product Management, “o trabalho de um gerente de produto é descobrir um produto que seja valioso, utilizável e viável”.
Adicionalmente, Martin Eriksson define que o Gerente de Produto está na interseção entre negócios, experiência do usuário e tecnologia. O gerenciamento de produtos consiste em reunir essas funções (e muito mais) para criar valor para os clientes e o negócio.
Com isso, em sua essência, o gerenciamento de produtos trata de fazer escolhas entre inúmeras possibilidades para agregar valor ao usuário final, ao mesmo tempo em que atende às metas e restrições organizacionais.
Gerenciamento de produtos é fazer escolhas. Embora, para algumas pessoas, possa parecer simples fazer uma escolha, fazer a escolha certa não é. Algumas das perguntas que fazem parte do dia a dia dos gerentes de produto são: Como sei que estou fazendo a escolha certa? Como escolher entre as opções existentes em ambiente incerto?
Mas essa é a arte do gerenciamento de produtos. Fazer escolhas. A ciência (metodologias, frameworks, ferramentas, etc.) pode ajudar a determinar se a decisão foi boa ou ruim após tomada, mas não antes.
E por que temos medo de decisões? Em última análise, porque podemos falhar. Isso tem implicações não apenas para o produto e a organização, mas também para o nosso ego.
É um fato que os gerentes de produto falham com frequência. Os melhores não diferem, mas eles sabem como jogar o fracasso em seu proveito.
Voltando a Marty Cagan, uma das frases de seu livro Inspired, diz: "quando um produto é bem-sucedido, é porque todos na equipe fizeram o que precisavam fazer. Mas quando um produto falha, é culpa do gerente de produto".
É muito difícil fazer um bom gerenciamento de produtos. Leva tempo e prática para dominar. Por isso, é necessário que o Gerente de Produto enquadre e contextualize bem suas decisões, certificando-se de uma visão de produto forte, uma estratégia de produto viável e objetivos sensatos.
Por isso, é essencial que o Gerente de Produto use tudo isso para ajudar na sua tomada de decisão, combinando com a descoberta contínua por meio do feedback dos usuários e análises de dados. Tudo isso combinado, habilita que o Gerente de Produto produza um roteiro e trace um plano para evoluir uma determinada parte do produto.
Uma das grandes responsabilidades do Gerente de Produto é identificar os problemas dos usuários. Os ótimos gerentes de produto fazem isso observando passiva e ativamente, e então sobrepondo sua própria experiência.
Os gerentes de produto devem ser obcecados em compreender as dores dos clientes, de forma que levantem as hipóteses de solução de forma ágil e estruturada, fornecendo um senso de urgência à organização sobre o que precisa ser executado.
Portanto, dentre as diversas definições abrangentes sobre o papel do gerente de produto, há pelo menos um consenso simples: um bom gerente de produto usará os recursos e conhecimento existentes para dar vida a um produto.
Para de fato conseguir seguir o passo a passo, ser um bom PM e entregar produtos incríveis, acreditamos que existe um conjunto de hard skills que precisam ser continuamente aprimoradas. Em resumo, são competências relacionadas com o conhecimento do mercado, negócio, processos de produto, gestão e relacionamento. Cada uma das competências são detalhadas a seguir.
Como profissional de produto, é essencial que você entenda seus usuários, ou seja, consegue entender quem eles são, quais são as necessidades e os seus pontos de dores. Além dos usuários atuais, é importante também conhecer os usuários em potencial, como segmentar o mercado e classificar os potenciais clientes. Também é importante que você se sinta confortável tomando decisões usando dados qualitativos e quantitativos em relação ao comportamento e características de seus clientes.
É importante também, além dos usuários, que o(a) profissional de produto entenda sobre a indústria em que está inserido(a). Para posicionar o produto no mercado, você precisa entender o contexto e o domínio em que ele existe.
Além do mercado, é importante também que a pessoa PM assegure que o produto de fato agregue valor ao negócio. Para isso, é importante que você tenha relacionamentos fortes construídos na empresa, entenda profundamente da estratégia e seja capaz de colocar discussões que fogem, inclusive, do seu escopo original de atuação. Dentro dessa frente, a pessoa PM também se destaca ao ser capaz de auxiliar nas definições de modelo de negócio e também das principais métricas (por exemplo, métricas de valor e impacto).
Outro ponto de destaque dentro da esfera de conhecimento de negócio, trata-se do próprio conhecimento do produto. O ideal é que ninguém conheça seu produto melhor do que você. Não apenas uma profundidade de conhecimento, mas uma amplitude em relação ao escopo do produto.
Na Gupy acreditamos que para que um novo produto, funcionalidade ou intervenção seja feita em nossa tecnologia, devemos trabalhar todo o processo de produto. Entendemos que o processo se inicia na etapa de estratégia e planejamento, quando tentamos buscar o porquê de nossas iniciativas, sempre buscando encantar as pessoas usuárias e trazer resultado para o negócio.
Na sequência, trabalhamos sobre o que de fato será desenvolvido nos processos de descoberta e também de definição - muito feito em conjunto com o nosso time de Design. Por fim, os Product Managers estão próximos ao processo de delivery e asseguram o lançamento de novas funcionalidades.
Para que esse processo seja um sucesso, entendemos que é importante aprofundar-se em conceitos de estratégia. A equipe envolvida em todo produto necessita de clareza na visão, objetivos e métricas de sucesso para conseguir, de fato, encontrar e entregar as melhores soluções.
Ademais, é fundamental que essa estratégia seja traduzida em níveis tático e operacionais. Liderar e facilitar sprints de discovery, saber quando inovar, iterar e quando otimizar são exemplos de ações que demandam o envolvimento do(a) profissional de produto.
Em algumas empresas, e também na Gupy, o Product Manager não necessariamente realiza gestão de pessoas. No entanto, mesmo assim, entendemos que um bom Product Manager precisa exercer habilidades de liderança e também de colaboração para conseguir executar bem suas tarefas. Faz parte do trabalho liderar, inspirar e motivar as pessoas por trás de sua visão.
Garantir que você tenha uma boa comunicação é crucial para o sucesso. Acreditamos que o PM é um jogador da equipe em sua organização, um verdadeiro parceiro com as partes interessadas, mas que sabe e consegue tomar decisões difíceis.
Sabemos que não temos na Gupy e duvidamos que exista alguém na carreira de produto que seja completamente referência em todas as habilidades apresentadas. Justamente, por isso, hoje na Gupy desenhamos a nossa trilha de carreira pensando nos níveis existentes para cada habilidade e trabalhamos no dia a dia para que cada PM consiga entender qual o seu posicionamento e o que precisa ser feito para poder se desenvolver.
E para brilhar os olhos de fato hoje na Gupy, entendemos que um bom PM é aquele que entende as habilidades e processos de produto, toma decisões importantes e analíticas em seu dia a dia e, mais do que tudo, está sempre disposto a continuar aprendendo e sendo cada vez mais referência no papel em que atua.
Outro pilar que, não só para produto, mas para todos os Gupiers, é que para brilhar os olhos de verdade, entendemos que o bom PM é aquele que consegue fazer isso estando 100% alinhado com os valores existentes em nossa cultura.
A Gupy tem sido constantemente citada como uma das startups que mais crescem em 2021 no Brasil. Para o time de produto o cenário não é diferente, estamos sempre querendo pessoas referências e divulgamos nossas vagas em nossa página de oportunidades em tecnologia.
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